A Volta


Ei, vem aqui.
Deita a tua cabeça no meu peito.
Eu te abraço.
Faço cafuné nos teus cachos e te digo que tudo vai ficar bem.
Sente nos meus braços a proteção que eu sempre quis te dar.
Deixa essas lágrimas rolarem.
Solta tudo o que está preso na sua alma.
Eu aguento tudo. Pode transbordar em mim.
Não disfarça, não abafa. Sente. Transborda.
Eu te amo imensamente. E eu sei que é recíproco.
Vem sem medo. Vamos juntos.
Eu te espero e eu sei que tu me desejas.
Segura a minha mão, nada foi mentira.
Encosta o teu corpo no meu, me deixa sentir a tua pele.
A tua respiração aquecida.
O teu coração batendo mais rápido.
A tua calma. Seja.
Ao meu lado apenas seja. Seja você, foi isso que eu sempre amei.
Você, por inteiro. As qualidades. Os defeitos.
O riso frouxo. A cara de bobo. O brilho no olhar. A determinação nas atitudes.
O toque das mãos quanto entrelaçávamos nossos dedos.
O abraço apertado. O ombro de apoio quando me acabava em choro.
E eu podia ser eu mesmo. Por completo. Inteiro.
Eu te amo cada dia mais, não se engane.
A distância não é grade de prisão. Não esmaga e não destrói esse sentimento.
A distância é pasto. É confirmação.
É a verdade jogada na nossa cara de que somos um para o outro.
É o aguardo constante da volta.
É a ânsia pelo momento do toque.
É a espera pela mensagem de “precisamos conversar pessoalmente”.
É o desejo de ouvir mais uma vez nosso “eu te amo”.
E te amo. Profundamente.

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