Dedos Cruzados

Eu não vou negar que ainda espero um dia te ver retornar, me pedindo pra voltar com aquele desejo e aquele brilho no olhar que só você tinha quando nossos olhos se encontravam. Eu não vou negar que já criei diversas situações na minha cabeça, diversas frases e diálogos. Eu, você. Minha casa, sua casa, um local público ou através de mensagens de textos (ou áudio) ou possivelmente uma ligação.

Eu não vou negar que acredito. Eu não vou negar, mesmo que acreditar às vezes me faça um pouco mal, mas às vezes é o que me dá forças para levantar e encarar o dia. É o que me faz refletir sobre crenças e o que me faz repensar o meu jeito de ser e depender. É o que me faz querer crescer, querer trilhar caminhos novos, ter experiências empreendedoras. É o que me faz procurar ajuda. É o que me faz me aproximar mais dos meus amigos.

E, além de tudo, é o que me faz perceber que tudo isso eu faço por mim, para ser uma pessoa melhor, mais independente e mais leve. Para ser uma pessoa mais aberta e menos egoísta. Porque assim, quando você voltar, vou optar em mim para voltar mais leve. Ser uma pessoa melhor para você e mais pra mim.

Pois seremos dois e seremos leves, como um dia fomos. Como deveríamos ter sido todo o tempo.

E neste momento teremos, enfim, de volta toda aquela alegria e todas aquelas promessas. O agora e o pra sempre. Pois sei que a raiva e a confusão que hoje tomam conta logo estarão ausentes e que o sentimento mais profundo guiará nossos pensamentos para algo maior. E enfim… Juntos.

Te amo.








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