De nós.

Eu gostava mesmo era da nossa bagunça.
Daquela bagunça meio organizada.
Dos almoços às quatro da tarde.
Dos descansos deitado em seu ombro.
Do brigadeiro que nunca terá o mesmo gosto.
Dos seus braços ao meu redor nas festas.
Da nossa dança em casa, mesmo sem música.
Dos nossos apelidos.
Do lençol que saia quando a gente se ajeitava vendo série.
Da cortina suja presa na janela.
Das faxinas de sábado... Ou talvez domingo.
Do cheiro de casa.
Do sentimento de pertencimento. De me sentir seguro. De me sentir amado.


Eu não gosto mesmo dessa nova rotina.
Da solidão do meu quarto.
Da frieza do computador.
Da dor das lembranças do que foi.
Literalmente.
















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