Blá blá blá

Me disse que se rende a internet em suma não se submete a nada pra me informar. Não quis mais saber de festa não pensou em ser honesta funcionando quando precisei. A notícia que esperava consegui na madrugada num site, flickr, blog, fotolog que acessei.”¹

Quem me conhece sabe que eu sou mais de observar do que ser um personagem ativo de qualquer trama, em qualquer ambiente. Há quem desconfie. Há quem diga que é tudo uma farsa. Há quem diga que encarno um personagem. Quem não encarna um personagem nessa vida? O personagem do aluno, o personagem do filho, do amigo, do estagiário feliz... Pessoas atuam de várias maneiras durante o dia-a-dia. O problema de atuar demais é esquecer quem você realmente é e saber isso é fundamental. Tem que haver uma coerência, um (ou vários, de preferência) ponto em comum entre todos os personagens, pois todos são trazidos à vida por uma pessoa apenas.

Um deles você não gosta, outro gosta tanto que poderia agir como ele o tempo todo. É a vida e ela não se parece em nada com a televisão. Não, em nada. Vejo pessoas querendo ser igual a artistas, como se o artista fosse modelo a ser seguido por alguém. É uma cobiça por dinheiro e beleza em detrimento do conhecimento e de visão crítica. As pessoas simplesmente engolem o que a televisão digere para elas, é como se tivéssemos um estômago externo que faria todo o trabalho por nós. Ou como se tivéssemos um filtro do que é ou não é relevante para nós, apesar de não termos o mínimo de controle sobre esse filtro. O resultado são pessoas alienadas, mundos estreitos, fechados, pequenos. Um mundo onde a educação vale muito pouco, ou quase nada, e onde pessoas deixam de comer para ter uma roupa de um estilista famoso (nada contra os estilistas).

Pergunto-me se a televisão sabe a importância que tem para a educação (oi?) deste país. E se a resposta for sim, me pergunto por quê continua passando tantas porcarias. A resposta todo mundo sabe: não é interessante (para eles, claro). Educar uma população é criar seres críticos, que demandarão por programas de qualidade, que terão poder de decidir o que realmente é bom ou não. Que terão opinião própria e não apenas repetidores da opinião alheia. Seria abrir mão do poder que ela tem sobre a massa, sobre a maior parte da população brasileira.

¹O Teatro Mágico - Xanéu n°5

2 comentários:

  1. eu sem pre acho algo construtivo nesses teus post's, eu deveria passar mais por aq uahauhuahuaha. Tu escreve muito bem. :D

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  2. esse texto eh demais..
    isso eh a pura verdade!!
    ta de parabens seu blog.. lulana q ta divulgando ai :P

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