Hoje contei pras paredes...

Ei. Ei.

Não vai assim. Ou já foi?

Às vezes fico me perguntando se tu ainda tens aqueles momentos onde tu pensa em mim. Ou aquelas situações que tu ainda quer dividir comigo. “Thiago iria adorar estar aqui”; “Essa camisa é a cara de Thiago”; “Esse seria um filme que Thiago me faria assistir”; “Eu queria que ele estivesse aqui”. Ainda?

Porque ontem eu passei em frente a uma loja, vi uma camisa e pensei que ficaria linda em tu. Entrei com o impulso de compra-la, mesmo que eu nunca fosse te entregar. O prazer de tê-lo através daquela camisa, por um momento, me fez crer que ainda te tinha em minha vida. A felicidade que senti quando toquei o tecido e imaginei sobre o teu corpo. E fico imaginando se eu ainda te faço a mesma falta.

Talvez não. Posso apostar que não.

Qual o tempo que a gente leva para superar um relacionamento tão intenso? Não pareceu muito tempo para você e para mim parece que nunca. Os meus momento mais felizes ainda quero dividir com você. Os meus momentos mais tensos, eu também quero dividir com você. Nos momentos onde a minha auto estima está lá em cima, queria te mandar uma foto de surpresa e arrancar dos teus lábios um sorriso. Mas quem te arranca sorrisos hoje?

Em quantos corpos teu corpo nu já encostou? E por quê nenhum deles te fez perceber que é no meu que ele deveria estar encostado para nunca mais soltar? Quantas bocas teus lábios beijaram quando eles nunca deveriam ter deixado os meus tão soltos.

Nenhuma tentativa por aqui parece certa. Os outros são só os outros enquanto te espero entender que o nosso destino não se cruza apenas uma vez, ele se cruza ali mais na frente e segue junto até o fim da vida. Não tem outros corpos que me interessem mais do que o teu. Não existe, por aqui, nenhuma companhia que preencha o espaço enorme que você deixou em mim e na minha vida. Você ainda sente o meu espaço vazio ao teu lado ou já o ocupou com outro qualquer?

Eu queria que a nossa lembrança ainda significasse o tanto de amor e cumplicidade que ela significa para mim. Que não há ninguém neste mundo que vá substituir o que você foi e é em mim, para mim e por mim. Eu queria que você soubesse que eu vou estar sempre aqui para você, você me querendo ou não. Mesmo você já amando perdidamente outro, ou não. Pois meu corpo vai sempre necessitar a tua presença para sempre completo. Porque sei que, um dia, fui considerado o “melhor namorado do mundo”, mas não consigo aceitar que hoje eu sou um nada. Um vazio deletado do seu passado. Um fantasma.

Me manda um sinal, uma mensagem de que você ainda me tem contigo. Que você ainda guarda em você todo aquele amor e toda aquela felicidade que um dia foi tão nosso. A sensação aqui é que eu estou falando com as paredes, que ninguém está me ouvindo quando na verdade eu só queria ser ouvido por você. Você me ouve? Em uma música, em um barulho, em uma conversa escutada da mesa ao lado no restaurante. Um sinal de que toda a esperança que ainda tenho em nós não é em vão. Mas continuo falando com as paredes, não continuo?

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