É engraçado como nada mais faz sentido e tu não sabe se você
mudou, se as pessoas mudaram ou se elas nunca foram verdadeiras com você. De
repente a sua empregada está se sentindo da família e já te dá bronca como se
fosse uma tia. Você é um corpo tão estranho na família que acaba se mutilando
para caber na caixinha. Aquele seu professor (supostamente) ético sacaneia a
turma toda porque não teve uma tentativa bem sucedida de assédio com uma aluna.
E aquele seu amigo que tu jurava conhecer te surpreende com atitudes que você
nunca esperou.
Uma pergunta surge na cabeça e o cérebro começa a maquinar quando
tudo começou a não fazer sentido. Quando a sua chefe passou de “amiga” para
carrasca? Quando sua irmã passou a não dividir momentos com você? Quando o seu
amigo começou a agir diferente do discurso? Quando você deixou de ser você para
apenas ser você? Quantos “você” tem
em um eu e quantos “eu” tem em um você?
Leva tempo para se acostumar com o novo cenário, o mesmo
cenário que levou tempo para você perceber. Juntam-se os fatos. Não se pode
esperar mais nada, de ninguém. Pode parecer meio radical, mas aquele que acredita,
nunca alcança. Por isso levantei e joguei tudo para o alto. Dizem por ai que o
que volta é porque tinha de ficar. Pergunto-me se o que não volta, algum dia
irá se arrepender e perceber que naquele momento já é tarde para voltar. E
canso.
P.S.: Os exemplos não, necessariamente, expressam fatos
reais e podem ser apenas exemplos.
Alo vose em crise adolescente aos 20 e todos os anos... pare! Simplesmente pare!
ResponderExcluirCom amor, seu pudinzinho S2S2