Acabo o dia com a impressão de incomodar, de ocupar espaços que
não precisam ser ocupados. Acabo o dia achando ser desinteressante, fútil, sem
conteúdo. Inútil. Bem útil para momentos de tédio alheio, para aquele momento onde
as pessoas se veem sem opção. Depois de mim apenas o U, V, X, Z. Talvez o nome
já preconizasse esta situação, talvez seja algo escrito em linhas tortas, tão
tortas que nem a gramática mais correta ajeitaria. Tê. Trabalho. Tédio. Tatu. Tolerado. Tímido. Tê. Talvez uma maldição, daquelas que não desejamos nem aos
inimigos. Daquelas que você não quer nunca que aconteça com seu filho. Filhos.
Melhor não tê-los a condena-los à obrigação de se espelhar em uma pessoa tão
triste e mal sucedida. Entretanto, se um conselho pudesse dar, diria para que
sejam nomeados os filhos já gerados apenas com Anas, Andrés, Amandas ou Adrianos.
Para que, se amaldiçoados, ao menos na lista telefônica venham a conquistar
lugares primeiros, uma sensação que talvez você conheça e que (suponho) nunca
irei conhecer.
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