internet, respeito e pe lanza


É impossível ignorar o que se passa no mundo quando se está imerso em informações 24/7 na internet (no twitter, facebook, blogs, etc). Mesmo que você não queria saber das novidades sobre determinado assunto alguma coisa acaba escapando no seu filtro pessoal e pingando na tela do seu computador. A internet concedeu aos indivíduos uma liberdade que não se teria sem este meio: a liberdade de expressão (no sentido real do conceito). A internet nos deu a possibilidade de gerar opinião, de ser ouvido, de poder se por no lugar onde antes só era ocupado pela imprensa. Poder.

Você só descobre quem a pessoa realmente é quando lhe dá poder. Com certeza você já ouviu esta frase, ou qualquer derivação desta, mas com o mesmo significado. E ai eu me pergunto se as pessoas se deixaram iludir com este poder em mãos, sem saber exatamente o que fazer, ou se elas só estão encontrando (no suposto anonimato) coragem para dissipar as opiniões mais reprimidas que as pessoas possuem e não encontravam a maneira de canalizar para o meio externo.

E liberdade de expressão perde o sentido para a falta de respeito. Já falei em outro post que os movimentos estão ganhando extrema força pelos meios eletrônicos juntamente com os contra movimentos. Fico de boca aberta como tem ódio espalhado pelos corações das pessoas. Elas xingam, rebaixam e criam novos xingamentos quando você acha que não poderia ficar mais baixo o nível. É um battle field sem regras, sem lados, onde todos parecem atirar pedras para todos os lados e quando a carapuça servir mais uma batalha estará travada.

E ai a pedra bata na cabeça de quem não tem nada a ver. Imagine você em um show de uma banda que você adora, uma pedra sai voando do meio da platéia e bate na cabeça do artista que você gosta e o fere seriamente. Sim, estou falando do Pe Lanza e a pedra saltadora. Sempre tive apreço pelos meninos (talvez por um pouco de pena, mesmo não gostando deste sentimento). Vejo um contra movimento tão forte em relação a eles que resolvi abraçar a causa do rock colorido como se eu escutasse as suas músicas – tenho um cd do Cine, beijo. E ai eu fico pensando para que uma pessoa se dá ao trabalho de entrar no show de uma banda que não gosta para jogar uma pedra na cabeça dele. “Ah, mas era um festival”, não justifica. Já fui a festival na minha vida e quando a banda não é do meu gosto eu simplesmente me afasto, subo para o camarote, vou beber alguma coisa, invento qualquer coisa. Mas respeitem. O que está bastante evidente no Brasil é que a educação de casa está extremamente em falta, a geração Y foi criada com tanta liberdade e tanto medo da repressão por parte de pais “complexados” que se criou uma legião de pessoas que não pensa nos outros, que só quer as coisas para si, que não sabem respeitar os mais velhos e não sabem respeitar o outro independente da idade. Uma geração que me preocupa, porque o que eu vejo é que tudo tende a ficar cada dia pior e eu não quero estar vivo quando chegar tão baixo que vamos ter o inferno como céu.

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