Sonolência

Tudo passa tão depressa e nada do que eu tinha que fazer está feito. Tudo está pendente. Pendurados por uma corda incerta que a qualquer momento pode arrebentar, derrubar tudo no chão, fazer meu mundo desmoronar. E o pior? O pior é que não tenho nenhum controle sobre elas, as cordas. Nenhum controle sobre ele, o tempo. Nenhum controle sobre nada, nem sobre a minha própria vida. Tudo balança na menor ameaça de ventania, não quero nem pensar se por aqui passasse furacão. Um trapézio da minha própria vida, num balanço infinito e involuntário. Na ida prazeres incontáveis, na volta desejos insaciáveis. Uma mistura de bom e ruim, prazer e angustia. Depressão. Me pego no meio do furacão. Sim, por aqui chegaram esses avassaladores fenômenos. Um dia me disseram que por aqui não havia esses tipos, mas parece que eles desviaram a rota e estão passando por aqui. Tudo lá fora fica no lugar. Tudo aqui dentro vira de cabeça para baixo. Jogados em cada canto da minha cabeça, alguns até descem pro estômago e incomodam por algum tempo até dissolverem no suco ácido do local. Todo o controle que um dia eu achei que tinha dissolvendo-se junto com eles. A vida... Tão bonita. Passa. E o sono... Tão forte. Insiste em ficar e me atrasar.

2 comentários:

  1. Quantas vezes vou repetir que você escreve ABSURDAMENTE bem? nossa guinho, sou sua fã desse quesito, sério mesmo.
    Meus parabéns. Porque nao tenta escrever um livro? rsrs
    beijos. Te amo muito :*

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  2. Você não quer um redbull? Pena que não da pra viver com redbull =/ ueaheauueah'
    É.. esse superou. Muito legal! :]

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