Todo Mundo Odeia as Cores

É notável o novo movimento colorido que se espalha como uma epidemia pelos jovens brasileiros. E falo epidemia não no sentido ruim da coisa, mas destacando a velocidade com que os tons neons vêm se espelhando.

Em contra partida cresce no mesmo ritmo, ou até mais rápido, o movimento contra essa nova onda colorida. Geralmente composta por adultos e conservadores onde cores estão fora de cogitação. Só digo que não precisa ser adulto para ser conservador.

O que vejo nesse movimento é o que aconteceu com a geração dos nossos pais e o que aconteceu com a geração dos nossos avôs. A aversão.

Num mundo dominado por executivos em ternos que variam de preto a cinza e de cinza a preto as cores se configuram como uma fuga desse sistema formado de rotina e limitante. Exatamente esse sistema que a nova geração quer passar longe que o diabo foge da cruz.

Mas que invariavelmente alguém será pego por ele em algum momento de sua vida.

Acho válida essa invasão das cores nas vestimentas juvenil moderna por mais que os críticos caiam em cima como urubus na carne podre. É um movimento de libertação, é um momento de afirmação daqueles em que as dúvidas são as únicas certezas que eles têm.

E por falar em cores, digo que nada tem a ver com a sexualidade. E mesmo que tivesse, num mundo que SE DIZ moderno e respeitoso com as diferenças a ligação entre os dois não seria motivo suficiente para mandá-los queimar no fogo do inferno.

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