Preconceito é, como se deduz, uma conclusão precipitada sobre o caráter e personalidade de uma pessoa em particular ou de um grupo delas. Creio que não preciso aqui me aprofundar muito sobre tipos e consequências do preconceito porque nós, seres pensantes e livres desse mal (ou não), sabemos exatamente todos esses detalhes. A questão é, de onde nasce o preconceito? É inato ou se desenvolve dentro da gente? Sendo produto de experiências passadas, que tipo de comportamentos dos pais ou círculo de convívio fazem com que “nasça” esse sentimento?
É aqui que começa a minha teoria, por que das duas uma: ou a gente é ou se torna preconceituoso. Na psicologia administrativa
Pensem comigo. Antigamente, na época dos imperadores, homossexualismo era natural. Sim, em épocas remotas as mulheres eram vistas apenas como o caminho para a proliferação da espécie, literalmente usadas com fins reprodutivos apenas. Sexo por diversão, para o simples ato de relaxamento fazia-se com outro homem e assim seguia a humanidade. Não falo na idade da pedra, mas sim na época dos imperadores. Então o que fez com que homens se tornassem preconceituosos assim como as mulheres também. Eu digo que foi a igreja, pelo pouco de história que sei, me parece muito coisa dessa instituição. Então imaginem: a igreja chega com toda a história do criacionismo, jardim do Éden, Adão, Eva e zaz. Preconceito. Não estou dizendo aqui se sou contra ou a favor disso ou daquilo, até porque se fosse falar da igreja teria que ser em outro texto. Enfim, quando chega a igreja o cristianismo acaba tomando conta do mundo, principalmente da América (porque, como todos sabem, a maioria da Europa é protestante) e o sentimento de fobia à homossexualidade, como sendo do não agrado de Deus. O fato é que a igreja hoje perde cada vez mais seguidores e se vê num impasse entre a manutenção dos seus preconceitos e a adaptação ao novo mundo.
O ponto que se deve levar do parágrafo anterior é por onde penetrou o germe do preconceito, esse ser que contaminou tão rapidamente a comunidade mundial. Hoje temos lutas contra o preconceito, paradas de orgulho gay que atraem homossexuais (e simpatizantes) de todos os lugares e vários outros movimentos de campanha para o não preconceito contra os homossexuais. Não tiro o mérito da luta dessas pessoas, porque, sim, elas têm um grande mérito na produção da nova geração, mas o fim do preconceito está com o tempo. Sim, esse tal tempo que a gente daria tudo para poder controlá-lo.
Em escala mundial eu acredito sim que o preconceito está sendo vencido, mas em escala individual eu já não acredito tanto. Como eu disse no começo, ou a gente é ou se torna preconceituoso, ambas as características estão em áreas da personalidade que são dificilmente modificadas ao longo da vida. O que o tempo tem a ver com isso? As pessoas morrem e com elas morrem os seus preconceitos e as suas fobias, no lugar dela ficam outras pessoas mais jovens, que envelhecerão e que um dia será a grande massa idosa do planeta. Captou? Não? Vamos lá. Eu tenho um avô, um pai e um filho. O avô, com os seus oitenta e tantos anos, não suporta nem falar sobre homossexualismo. O pai, não concorda, mas diz que aceita a opção sexualmente diferente das outras pessoas. O filho, guri com seus quatorze/quinze anos aceita numa boa, não tem nenhum preconceito e conhece vários gays. Acontece que há vários avôs desse tipo, vários pais desse tipo e vários guris desse tipo. Os avôs morrem e os pais tomam o lugar dos avôs e os guris se tornam pais. A sociedade, conseqüentemente, fica um pouco menos preconceituosa. Os pais, agora avôs, morrem e os guris, agora pais, viram avôs e a sociedade passa a uma situação de não preconceito aparente. O que quero mostrar aqui é que o preconceito em escala pessoal não pode ser retirado enquanto ainda estiver viva, o que acontece é um processo evolutivo natural da sociedade com o falecimento do preconceito junto com os seus donos.
Se você prestou bem atenção, há uma contradição na minha teoria e eu admito. Se podemos nos tornar preconceituoso por conta dos nossos pais, avós e afins, por que no meu exemplo pessoas da mesma família vão perdendo o preconceito mesmo estando no companhia das outras? A personalidade das pessoas não é totalmente formada pela família e sim pela sociedade em que estamos inseridos, a escola, os amigos, os vizinhos. Todo o convívio na primeira infância por mínimo que seja influencia na personalidade de cada indivíduo da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário