Dizem que quando vai chegando a data de entrega de um trabalho a inspiração vai de um jeito ou de outro. E nos casos que a inspiração simplesmente não vem?
Você estuda, procura referências, quebra a cabeça por várias semanas e de repente percebe que a possibilidade de copiar um modelo pronto e raro na internet é até uma opção válida. Mas por quê é tão difícil solucionar problemas sem briefing?
Para quem não está acostumado com a palavra, briefing nada mais é do que um nome bonito para “entender o problema do cliente”. Em administração também pode ser chamado de “demanda do cliente”. O que o cliente quer, como ele quer e suas características peculiares. O problema é que, na universidade, alguns professores não passam briefings e deixam o problema aberto para você resolver também, como se não bastasse todo o esforço para resolver o problema. Ou seja, você cria o problema que uma hora vai ter que resolver. O resultado? Você cria primeiro a solução e depois vai pensar no problema. Um grande erro.
O problema de criar a solução e não o problema limita a criatividade, pelo menos no meu caso, e acabo preso nesse ciclo sem fim, porque não decido o problema e consequente não existe solução. O problema é não ter briefing ou o briefing ser muito aberto. “Crie o seu problema”, as pessoas podem vir a falar. A sugestão é criar um avatar de cliente fictício e fingir um problema real, no mundo real. Você não tem criatividade e ou capacidade de criar soluções com a inovação necessária e ainda está sendo cobrado na criação do problema que nem é um problema real. Sempre tive um pé atrás com problemas fictícios porque a solução parece inócua e vazia todas as vezes. Acaba que chega o dia anterior à entrega e você está desesperado atrás de uma iluminação divina e ela nunca chega e esse tal de deadline nunca pareceu tão desesperador. Ou você larga tudo e deixa para lá ou senta e chora bastante porque uma hora as coisas vão ter que acontecer.
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