15° Dia (ou Aquele Que Tive Forças Para Escrever)


Sinto tua falta. Falta de te ver deitada, falta de te ver correr, falta de te levar para passear. Sinto tua falta. Falta da tua pele, falta de te tocar. Sinto falta do teu cheiro, do teu mau hálito, da tua língua tantas vezes fora da boca. Sinto falta de te ver na janela ao abrir o portão de casa, sinto falta de saber que me esperas com uma recepção daquelas que só tu sabes fazer (e só de tu que a quero). Me falta a tua alegria, o teu companheirismo, os teus conselhos mudos, os teus consolos lambidos. Sinto falta do teu maniqueísmo falho, do teu ciúme bobo, do teu amor desastrado.
Só quero que saibas que não desisti de você, pelo contrário, desisti de mim... Por você. Estacionei teu sofrimento para começar o meu, imaginando que suportaria esta sensação. Sou fraco, não suporto e por mais besta que possa parecer: choro. Choro por não mais te ter, choro por não mais te ver.

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