Urgência 💙

Hoje eu queria ser aquela pessoa para quem você manda aquela mensagem de desabafo.
Hoje eu queria receber uma ligação sua.
Hoje eu queria escutar a sua voz me dizendo “hey, está tudo bem. É temporário”.
Hoje eu queria me sentir abraçado, seus braços ao meu redor me confortando em um momento difícil.
Hoje eu queria te abraçar e dizer para acalmar qualquer pensamento ruim sobre o futuro.
Retirar, nem que por alguns minutos, ideias que te coloquem para baixo.
Há tanto tempo eu não recebo um abraço.
Queria sentar na cama e escolher um filme sentindo a tua presença ao meu lado.
“Escolhe você, eu sempre escolho e você sempre dorme”.
Aquele cheiro de pipoca queimada. O barulho dos cachorros latindo.
Secar meus olhos que alagam de repente, no meio do dia. Em qualquer lugar.
Essa bipolaridade emocional onde estou bem, mas estou mal.
Secar teus olhos e dizer “estou aqui para o que você precisar”.
Essa saudade que insiste em habitar o peito, os braços, o coração, os músculos, as pernas, os pensamentos.
E não deixo de te amar, nem por um segundo.
E talvez você já esteja se apegando a outra pessoa.
Sinto culpa. Medo. Dor. Impotência.
Tantos pensamentos, mas hoje eu só queria o seu apoio.
Uma mensagem de carinho.
Um “vai dar tudo certo” com um beijo e um emoji de coração verde.
Hoje eu só queria sua presença, mesmo a quilômetros de distância.
E te amo.

Dedos Cruzados

Eu não vou negar que ainda espero um dia te ver retornar, me pedindo pra voltar com aquele desejo e aquele brilho no olhar que só você tinha quando nossos olhos se encontravam. Eu não vou negar que já criei diversas situações na minha cabeça, diversas frases e diálogos. Eu, você. Minha casa, sua casa, um local público ou através de mensagens de textos (ou áudio) ou possivelmente uma ligação.

Eu não vou negar que acredito. Eu não vou negar, mesmo que acreditar às vezes me faça um pouco mal, mas às vezes é o que me dá forças para levantar e encarar o dia. É o que me faz refletir sobre crenças e o que me faz repensar o meu jeito de ser e depender. É o que me faz querer crescer, querer trilhar caminhos novos, ter experiências empreendedoras. É o que me faz procurar ajuda. É o que me faz me aproximar mais dos meus amigos.

E, além de tudo, é o que me faz perceber que tudo isso eu faço por mim, para ser uma pessoa melhor, mais independente e mais leve. Para ser uma pessoa mais aberta e menos egoísta. Porque assim, quando você voltar, vou optar em mim para voltar mais leve. Ser uma pessoa melhor para você e mais pra mim.

Pois seremos dois e seremos leves, como um dia fomos. Como deveríamos ter sido todo o tempo.

E neste momento teremos, enfim, de volta toda aquela alegria e todas aquelas promessas. O agora e o pra sempre. Pois sei que a raiva e a confusão que hoje tomam conta logo estarão ausentes e que o sentimento mais profundo guiará nossos pensamentos para algo maior. E enfim… Juntos.

Te amo.








De nós.

Eu gostava mesmo era da nossa bagunça.
Daquela bagunça meio organizada.
Dos almoços às quatro da tarde.
Dos descansos deitado em seu ombro.
Do brigadeiro que nunca terá o mesmo gosto.
Dos seus braços ao meu redor nas festas.
Da nossa dança em casa, mesmo sem música.
Dos nossos apelidos.
Do lençol que saia quando a gente se ajeitava vendo série.
Da cortina suja presa na janela.
Das faxinas de sábado... Ou talvez domingo.
Do cheiro de casa.
Do sentimento de pertencimento. De me sentir seguro. De me sentir amado.


Eu não gosto mesmo dessa nova rotina.
Da solidão do meu quarto.
Da frieza do computador.
Da dor das lembranças do que foi.
Literalmente.
















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