... E um Ano Novo Também

Meu dois mil e treze foi ótimo, dependendo MUITO do seu ponto de vista. Foi um ano de muito altos e dez vezes mais baixos. Em uma conta rápida diria que este ano não vai fazer falta. “Nossa Thiago, como você é pessimista!”. Querido, tenta ser eu por um mês e você vai me chamar de vitorioso. Mas não é só de coisas ruins que vive esta pessoa, tenho seres extraordinários que me fazem gargalhar nos maus momentos, que me deixam chorar as pitangas sem reclamar, que me acolhem e me abraçam (real ou virtualmente) em qualquer momento. Que me fazem perceber o quão estúpidas são as minhas reclamações em alguns momentos. Que me fazem crescer e ser uma pessoa melhor.


Então em 2013 eu:

- Percebi que amigos de verdade vão, mas sempre voltam e a amizade só fica mais forte.
- Descobri que por mais que você queira ser amigo de uma pessoa que você gostou, nunca dará certo e vocês só vão se falar uma vez a cada quatro meses... pelo Facebook.
- Comecei a gostar de determinado estilo de música porque queria ficar com alguém. E, óbvio, não deu certo, mas passei a realmente gostar da música e agora sou fã de alguns artistas.
- Entendi que não importa o quanto digam que eu sou bonito, legal ou fofo, sempre vou ser a última opção de convite para festa.
- Percebi que ir sozinho para os lugares não é tão ruim quanto algumas pessoas acham. Inclusive passei a observar que há muitas pessoas sozinhas nos lugares.
- Entendi que não adianta forçar uma amizade que não é meant to be. Então apenas desista e siga a sua vida.
- Cachorros valem mais do que pessoas. Cuide bem dos seus e eles, de algum modo, também cuidarão de você em algum momento.
- Entendi que preciso me abrir mais com as pessoas, contar mais sobre mim (mesmo que ainda seja um grande problema para mim).
- Aprendi que por maior que seja a merda acontecendo na sua vida, é só ir lá no Whatsapp que vai ter sempre aquela pessoa que vai zuar com a sua cara. Não porque ela é superior a você, mas porque vocês estão na merda juntos.


Let It Go.

Trilha de Leitura:


Estou criando paredes. Paredes ao meu redor.
Estou te avisando que as estou criando ao meu redor.
Não é que eu queira me isolar, apesar de talvez acontecer em um momento próximo ou distante.
Não é que eu goste de ser solitário, mas sempre fui meio distante.
Odeio falar sobre mim, sobre qualquer lado da vida.
Nunca tive jeito de contar minha história.
Nunca achei meus problemas ou vitórias interessantes o suficiente para animar uma conversa.
Nunca fui de tornar manchete meus atos, talvez daí venha a minha fama de não fazer nada.
Um grande preguiçoso.
Mas dessa vez estou construindo paredes no meu castelo.
Meu castelo tem uma varanda ótima, daqui de cima vejo todos os teus passos, mas não me leve a mal.
Armei distância para num momento próximo, ou distante, não sofrer inevitavelmente.
Percebi um pouco tarde o que todo mundo já tentava me dizer. A gente morre sozinho.
Mas não só morre. Vive.
Já me amo/aceito mais que antes (obrigado, terapia!) e agora consigo entender que estar só não é o problema. Todos estamos.
O problema é estar perdido. E me achei.
Icei as velas e agora vou velejar pelos mares mais revoltos, mas não quero nenhuma ilha, nenhum porto.
Talvez eu ache uma garrafa com um bilhete dentro que diga:
“Sinto a tua falta”. E fingirei que é teu para mim, mesmo não sendo.
Mas é tarde e a corrente muito forte. Largo um sorriso bobo e volto ao leme.

Em frente.

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