Bailinho.


Peguei na mão da vida e puxei ela pra dançar.
Depois de 3 ou 5 ou mais drinks.
Puxei a vida para dançar e ela estava tão bonita,
naquela minha vista embaçada.
Talvez a mais bonita do lugar.
Dancei com ela os tons de alegria que chegavam ao meu ouvido.
Sorria. Dançamos tango no carnaval.
Chegavam apenas ao ouvido.
Beijei a vida em um momento de impulso, daqueles que você se arrepende já enquanto está realizando o ato.
Beijei a vida pensando em alguém.
Fui beijado enquanto pensavam em outra pessoa.
Não me senti tão culpado.
Depois do beijo, ela virou as costas,
não quis mais saber de mim.
Deixou-me solto nas luzes estrobofóbicas.
E talvez eu beije muito mal.

A verdade é que nunca peguei na mão da vida.
Dancei sozinho a alegria inventada.
E nunca fui beijado.

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